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Sindicatos perdem 951 mil filiados em 2019

Desde 2012, os sindicatos trabalhistas perderam 3,8 milhões de pessoas associadas. A queda em sete anos acontece mesmo com a expansão do pessoal ocupado, conforme divulgou nesta quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, os trabalhadores associados a sindicatos eram 11,2% da população ocupada do país, ou seja, o equivalente a 10,6 milhões de pessoas em 2019. Nesse período, houve uma redução de 951 mil trabalhadores em relação a 2018, quando a taxa era de 12,5%.  De acordo com a pesquisa, mais da metade dessa queda (531 mil pessoas) ocorreu na administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: a taxa de sindicalização dos empregados no setor público caiu de 25,7% em 2018 para 22,5% em 2019.  Em contraponto, a atividade de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (que abrange 9,1% do pessoal ocupado) alcançou a maior taxa de sindicalização (19,4%). Já o empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada (4,5%) e o trabalhador doméstico (2,8%) tinham os menores percentuais. 

Organização sindical afetada 

"As grandes centrais sindicais congregam trabalhadores do setor público e privado, como professores e médicos, por exemplo. Num primeiro momento, as atividades com mais contratos celetistas tiveram maiores quedas em 2018, porém a perda nos recursos e capacidade de organização e mobilização das centrais sindicais pode, também, ter afetado o setor público", explica a analista do IBGE Adriana Beringuy.  De acordo com a pesquisadora, apesar da reforma trabalhista de 2017 - que derrubou a obrigatoriedade de contribuição sindical anual, outros fatores podem ter afetado a sindicalização, como as aposentadorias: "Diante da tramitação da reforma da Previdência, em 2019 vários servidores públicos que já reuniam alguns requisitos para aposentadoria adiantaram seus pedidos", disse. "Os servidores mais antigos costumam ser associados a sindicatos, e suas aposentadorias representaram uma queda na taxa de sindicalização", completou.

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